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quarta-feira, 7 de abril de 2010

DESONESTIDADE começa às vezes em casa..

Eu mesmo preciso de uma casa pois não tenho só um filho especial e um marido que por ganância ficou com a casa fazendo uma escritura como se o filho incapaz junto com o irmão policial comprasse a própria herança passando para Ele ,sendo casada no civil ele preferiu pedir o divórcio do que dar a minha parte, nunca havia cogitado separação porque eu na maioria das vezes o sustentei enquanto enchia o tanque de cachaça com o irmão que era policial .Confiava nas boas intenções que atá mandei que ele fizesse um acordo com o irmão,pois o irmão e a irmã não querendo vender a casa para não dividir com os herdeiros .Fiquei com uma mão na frente e outra atrás foram 26 anos só que hoje não o quero mais .Trabalhei ,cuidei dos meus e dele também porque ele não tinha quase nenhuma iniciativa ,hoje vejo que até em casa não se deve confiar ,como a minha aposentadoria errada .Será que só nasci para perder? Sebastiana Carvalho(Professora Taninha Carvalho-Belo Jardim PE>Se quiserem me ajudar meu email é taninha.cc@hotmail.com. Peço à todos que entendem de lei que me ajudem e publiquem este fato Agradeço antecipadamente..

Parabéns alunos e professores

Parabéns queridos alunos pelo esforço nas aulas ,assim como vocês os seus professores estão de parabéns e merecem ser reconhecidos pelo mérito.
Sebastiana Carvalho(cognome:Professora Taninha Carvalho-Belo Jardim-Pe

Velho Chico

Eu na minha opinião será a melhor coisa ,pois precisamos abastecer aqueles que estão sem água e a natureza nos permitiu ,só que o homem ,jamais deverá poluí-lo. O Belo Chico é o braço do mar ,é uma beleza sem igual quando vemos e atravessamos Petrolina seguindo a ponte até o Juazeiro da Bahia vemos quão bela a Natureza precisa ser preservado como nossa vida.Sebastiana da Silva Carvalho (cognome Professora Taninha Carvalho)Belo jardim -PE

CARTA DE ANA CAROLINE

Carta de Ana Carolina de Oliveira

Como começar a descrever os meus últimos dois anos? No dia 29 de março de 2008 a minha vida literalmente caiu do 6º andar de um prédio, houve um terremoto, um turbilhão de acontecimentos. Difícil de acreditar e de assimilar como tamanha crueldade possa ter acontecido. Mais um crime bárbaro passaria na televisão, só que desta vez o fato bateu na minha porta, era minha filha que havia sido brutalmente assassinada. Foi-lhe tirada a oportunidade de viver o que de tão bonito a vida poderia lhe mostrar: amigos, família, alfabetização, valores, princípios, amor ao próximo, entre tantas coisas que lhe seriam proporcionadas.

Hoje infelizmente entrei para a estatística das mães que perderam seus filhos, uma lista que parecia ser distante de minha realidade. Hoje a vivo diariamente e entendo o que é sentir essa dor. Uma dor profunda, infinita, um vazio eterno, insuperável. É difícil lidar com a morte, especialmente com a morte do ser que você gerou, carregou durante nove meses e não via a hora de ver o rostinho. Ela nasceu. Era minha estrela de luz, a minha Isabella, aquela que com certeza eu poderia chamar de MINHA. Minha filha, minha princesa, ou melhor... MINHA PRINCESS.

A partir deste momento tudo parou e passei a viver a outra vida, a vida de mãe. A maior dádiva que uma mulher pode ter é o prazer de se tornar mãe. Começou aí outra etapa da vida, a de cuidar, criar, ensinar a sorrir, andar, falar, ensinar a essência da vida para sempre fazer o bem. Posso me sentir vitoriosa por isso. Minha Isabella tinha qualidades inexplicáveis. Uma menina calma, doce, meiga, carinhosa, educada, que sabia falar um português corretíssimo (claro que com alguns ajustes no meio do caminho... rs), mas inteligente demais.
27 mar

♥ Giovana

Continuaçã da carta...

Seu sonho: aprender a ler. Já estava quase lá. Sabia soletrar e, com isso, eu a ajudava a completar as frases. Para escrever, eu soletrava e ela completava. Já sabia escrever seu nome inteiro... eu diria que era um exemplo de criança e quem teve a GRANDE oportunidade de conhecê-la e saber quem ela era pode confirmar o que estou falando.

Seu brinquedo preferido: jogo da memória. Esse ela dava um show de esperteza. Ganhava todas e, se algo desse errado, ela queria competir mais uma vez. Coisas de ariana.

Bem, mais isso lhe foi tirado, arrancado, jogado pela janela. O que fazer depois de perder tudo isso? Como continuar a vida?

Meus últimos dois anos não têm sido de muitas novidades. Acordo cedo para trabalhar e peço a Deus para me proteger e me dar forças. Quando vou me trocar, lembro que não tenho mais aquele rostinho preguiçoso, amassado e lindo para me dizer “Mamãe, você está linda”, ou “Mamãe, esta blusa não está combinando, você pode trocar?”. Aquela manha para pedir o ‘tetê’. Minha mãe também sente a cama vazia. Era lá que ela ia todas as manhãs continuar seu sono, pois disso ela gostava muito... dormir. Ensinar a fazer lição, dançar, ver filmes, mexer no computador, soletrar os sites (‘www’ ao invés de falar ‘ponto’ ela fala [sic] ‘conto’)...

À noite é o vazio de não ter ninguém para entrelaçar as pernas, dar banho, trocar, beijar, cheirar, apenas deitar e agradecer a Deus por mais um dia de vida e pedir para que minha filha esteja protegida, onde estiver – e agradecer também a oportunidade de ter me tornado mãe de uma menina tão iluminada e maravilhosa, um verdadeiro presente.

Os momentos sem ela e a vida sem ela são muito tristes, mas graças a Deus tenho meus sobrinhos, a Gigi, a Gabi, o João e a Marcella. Eu os amo demais e eles me dão a maior atenção do mundo.
27 mar

♥ Giovana

Continuação da carta (2)

A Gigi está a cada dia mais mocinha e isso me faz pensar que minha filha estaria bem parecida, por suas idades serem próximas. Quando ela está na minha casa, sempre me elogia, me abraça, diz que me ama. Poucos dias atrás estávamos conversando e perguntei a ela se lembrava da Isabella. Ela me respondeu com um sorriso lindo que SIM e ainda completou que sente muita falta dela. Eu falei que também sentia e ficamos lembrando os momentos e passeios que fizemos todas juntas.

O João Vitor e a Gabriela são menores. Com isso, comentam menos. O João é todo molecão e gosta de brincar de Ben 10, essas coisas de menino. A Gabi é toda meiga, bastante parecida com a Isabella. Adora usar as roupas que eram da prima.

Meus pais e irmãos sofrem cada um a sua maneira. Cada um tem o seu modo de se expressar e viver o luto. Minha mãe, porque conviveu com ela todas as manhãs, cada dia que acorda lembra e revive os momentos. Durante muito tempo ficou com a imagem dela no hospital, morta, mas conversamos muito e trouxemos as melhores imagens dela novamente para nossas lembranças. Meu pai se jogou de cabeça no trabalho. Ele sofre um pouco mais calado. Visita o cemitério todos os fins de semana.

Meus irmãos sempre lembram dela com seus filhos: o Leonardo, por ser pai da Gigi e saber que, quando a leva para passear, as duas poderiam estar juntas, eram muito companheiras. O Felipe, pai da Gabi, é mais emotivo. Como ela lembra muito (Isabella) pelo jeito de ser, ele sempre chora de saudades.

Hoje continuo com a terapia, pois é lá que descarrego um pouco do peso que sinto. Não é fácil carregar esta falta. É mais difícil ainda lidar com o que a perda faz em nossa mente e em nosso coração. Para não cair de uma vez em um buraco sem fundo, eu fui logo procurar ajuda e me apoiar nas pessoas que estavam ao meu lado: pai, mãe, irmãos, tios, primos e amigos. Foi para eles que chorei, gritei, abri meu coração. De cada um retirei um pouco de força para continuar a dura caminhada da vida.
27 mar

♥ Giovana

Final da carta.

Para o futuro não tenho planos ainda. Quero continuar trabalhando, seguindo minha vida. A única coisa que é certa é a vontade de me tornar mãe novamente. Mas estes não são planos para agora.

As pessoas ainda me reconhecem na rua, me apontam, dão sorrisos, um tchau, e isso me fortalece. Ainda recebo cartas, mensagens, presentes – claro que hoje com menos frequência, mas ainda recebo, e percebo que ainda existem pessoas com corações bons no mundo. Em uma das últimas cartas que recebi, em fevereiro de 2010, um trecho diz assim: “Você teve uma filhinha que fez o Brasil refletir e é uma santinha que no céu pede muito a Deus por você e sua família. Parabéns pela graça que Deus lhe deu”. Tem como ler isso e não se emocionar?

Agora estou em outra fase difícil, que é o julgamento. Um dia que esperei muito. É uma dor ter de enfrentar tudo novamente, relembrar cada detalhe. Intensifiquei a terapia para poder estar preparada a enfrentar tudo o que virá durante os próximos dias.

Minha força vem da fé que carrego dentro de mim, vem da minha base familiar, muita oração e conversa com Deus.

Quero terminar aqui agradecendo a todos os profissionais competentes que trabalharam desde o começo no caso, desde a delegacia, Instituto Médico-Legal, Instituto de Criminalística, entre outros órgãos;

Aos profissionais que ficaram dia e noite para poder passar a verdade única sobre tudo o que aconteceu. Ao promotor, doutor Francisco Cembranelli, por sua dedicação e competência. À doutora Cristina Christo Leite, minha advogada, pelo empenho e paciência;

A minha família, pela educação e honestidade que me deram, pelo colo, pelo abraço, o ombro, a compreensão e a paciência durante todos estes anos de vida;

Aos meus verdadeiros e grandes amigos por estarem comigo quando eu mais precisei de vocês;

E agradecer a todo o Brasil. A todo mundo que abraçou esta causa, que passou a AMAR e ter minha filha como parte da família, a minha eterna gratidão pela solidariedade.

Obrigada a todos.
Beijos, Carol
27 mar

♥ Giovana

Qdo li a carta chorei muito...impossível não chorar.

Beijos a todas e vamos agradecer a vida...e a vida de nossos filhos, fiquem com Deus.